Oficialmente, a escravidão foi abolida no Brasil em 13 de maio de 1888, com a promulgação da Lei Áurea. Na prática, porém, essa violência persiste até mesmo nas cidades. De 2003, ano de criação do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, até julho de 2010, foram libertados 31.661 trabalhadores em condições análogas a de escravidão no Brasil. De acordo com Gulnara Shahinian, relatora especial sobre escravidão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), o problema é comum em todo o planeta e hoje é até mais grave do que no passado.
Como antes o escravo era considerado posse, o proprietário tinha preocupação em mantê-lo vivo e saudável, o que não acontece nos dias de hoje. Atualmente, apesar de ainda haver instrumentos de tortura e correntes, é mais comum escravidão forçada por recursos indiretos, como dívidas, por exemplo. No Brasil, a escravidão durante o período colonial e império foi marcada pela violência para reprimir qualquer tentativa de resistência, sendo comuns açoitamentos em praça publica. Tais sessões de torturas aconteciam nos pelourinhos, postos em que os escravos eram amarrados e açoitados, chicoteados. Hoje em dia, o que não faltam são histórias inclusive de abusos sexuais e outras práticas cruéis, o trabalho escravo no Brasil continua preenchendo as estatísticas porque as elites, setores do empresariado e até de políticos profissionais anda praticam o escravismo do século XXI acobertados mais por seu poder econômico.
No período colonial e no império homens, mulheres e crianças eram tratados como objetos e sofriam violências constantes, hoje ainda não é muito diferente, pois a escravidão é mascarada pelos poderosos contra as classes miseráveis, inclusive na pratica política, quando trocam votos por favorecimento material manipulando os menos favorecidos. 31.66l escravos do século foram libertados de 2003 até 2010 no Brasil, 1835 fazendas foram flagradas praticando trabalho escravo. A PECE 438 apresentada na Câmara Federal que terras com trabalho escravo sejam desapropriadas para reforma agrária. A proposta está parada no Congresso.
João Santa Brígida Filho
Diretor da Tribuna do Caeté