Pesquisas realizadas no mundo todo sobre religiões, resultam no aumento no número de ateus e agnósticos. Muitas pessoas tem desacreditado das igrejas, pois a maioria virou empresas, verdadeiras fábricas de dinheiro e patrimônio, como a própria igreja católica e outras, como a que mais cresce, a Universal do Reino e Deus, de Edir Macedo. Idem a Assembléia de Deus, de repente vários pastores voltaram-se para a política partidária, como aqui no Pará, áreas de influência (Gilberto Marques/Samuel Câmara) aproveitando a alienação e inconsciência critica da grande maioria de adeptos, de baixa instrução, que ficam a mercê de manipulação de pseudos missionários espertos, que inclusive praticam nepotismo e fisiologismo, em beneficio próprio, levando boa vida sobre recursos arrecadados, mordomias, carrões, residências, etc. Eles interpretam a bíblia em beneficio próprio, principalmente na questão do dizimo. Usam aparatos estéticos, shows, cantores, bem vestidos, recursos tecnológicos para envolver as pessoas, Deus quase sempre está em plano secundário, tem uns que discursam milagres até para enriquecimento dos adeptos, pessoas fragilizadas por doenças, situações de pobreza e vivenciando situações de depressão. Alguns manipulados chegam a desfazer-se de bens, até residências para doar a certas denominações. Esse universo de descrentes em religiões, estão se dando conta que algumas praticam farsas, e que religião não salva. Não descrêem da existência de Deus, contudo, mas preferem professar sua fé independentemente de religiões, mesmo porque podemos chegar a Deus em orações, fazendo o bem, praticando a caridade, amando o próximo, fazendo reflexão sobre nossos atos cotidianos, exercendo a pratica do perdão, afinal, os 10 mandamentos não especifica nem aponta religiões, mas estabelece regras universais de obediência a lei de Deus.
Não visamos com este comentário influir na cabeças das pessoas, porém é momento de refletirmos sobre tanta incoerência, contradições de alguns lideres, principalmente aqueles que, se preferiram virar missionário, adotarem, como S. Francisco de Assis o voto de pobreza, o que se vê é pastor “empalitozado”, com mordomias, padres boa vida, enquanto a grande massa de ovelhas patina na pobreza alienados e excluídos, porque a igreja católica, aqui, por exemplo, tem tanto patrimônio e extensão de terras improdutivas e sem qualquer uso social? A Deus o que é de Deus e a César o que é de César, “nem só de pão vive o homem, mas sobretudo da palavra de Deus, disse J.Cristo” Como em toda regra há exceções, há denominações coerentes, com lideres éticos, escrupulosos, que vigiam a si e suas práticas para merecerem o respeito como líderes perante suas ovelhas, buscando não deixar motivos para murmúrios e desconfianças, porque estes sim, procuram ser fiéis a Deus e suas ovelhas.
João Santa Brígida Filho
Diretor Editor da Tribuna do Caeté